tag:blogger.com,1999:blog-39424519179401075302024-03-21T22:38:18.117+00:00.Braga Romana making ofhttp://www.blogger.com/profile/15108494200366468569noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-3942451917940107530.post-59763384307032682082009-05-27T16:13:00.024+01:002009-06-03T10:05:36.216+01:00O difícil equilíbrio entre a construção e a preservação do património<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7Ed09qNTCLrzB2Ad78NMsVbyM0m9pY1xKESIt_cl8RXZ7INHjNebGLzyOfZrNGaG5u4WziJjWYh-Z3EKDKJSRHw4oT0indjQgU8hs4ANS2iQfLZlFPXFsnph6h_W8J2i7bU9YavBOwQ/s1600-h/castro+maximo.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5343024462669224802" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi7Ed09qNTCLrzB2Ad78NMsVbyM0m9pY1xKESIt_cl8RXZ7INHjNebGLzyOfZrNGaG5u4WziJjWYh-Z3EKDKJSRHw4oT0indjQgU8hs4ANS2iQfLZlFPXFsnph6h_W8J2i7bU9YavBOwQ/s320/castro+maximo.jpg" border="0" /></a>A relação entre construção e preservação do património, em <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>, tem despoletado acesas discussões. As opções que têm sido tomadas pela <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara Municipal</a> são contestadas por vários quadrantes, desde associações ambientalistas e culturais, passando pelo meio universitário, até aos partidos políticos da oposição (ver menu Opinião).<br />Trata-se de uma situação com contornos realçados, já que a cidade foi fundada no tempo dos Romanos e os constantes vestígios arqueológicos encontrados no subsolo fazem com que toda a relação entre a construção e a preservação desse património seja gerida com grandes tensões.<br />Há vários exemplos em que essa dicotomia é, aparentemente, bem resolvida. Também existem os que contrariam esse equilíbrio. O facto é que não se verificam unanimidades nas estratégias a seguir em relação a este assunto, no que a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a> diz respeito.<br /></div><div align="right"><strong><em></em></strong> </div><div align="right"><strong><em><a href="http://bragaromanaconstrucaoepatrimonio.blogspot.com/2009/05/patrimonio-tensao-entre-construcao-e.html"><span style="font-size:130%;">Ler mais >>></span></a></em></strong></div>Braga Romana making ofhttp://www.blogger.com/profile/15108494200366468569noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3942451917940107530.post-90462827923346091522009-05-27T16:09:00.010+01:002009-06-03T09:15:17.260+01:00Editorial<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJPuc-x12ff6u5mtSagy47-lC37qhf9wvzOgrVUIdNJrhCmAL29s-6k2o07ISQrmApwePgtt-ywsP4q8NQ0PIp-YV0Fpoqf5U6zegKSjO1nUWb6uH9Ke3Mto2jFw3wq62lUF0SXCAzgA/s1600-h/ry+e+vitor.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5343011525457160594" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 243px; CURSOR: hand; HEIGHT: 189px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJPuc-x12ff6u5mtSagy47-lC37qhf9wvzOgrVUIdNJrhCmAL29s-6k2o07ISQrmApwePgtt-ywsP4q8NQ0PIp-YV0Fpoqf5U6zegKSjO1nUWb6uH9Ke3Mto2jFw3wq62lUF0SXCAzgA/s320/ry+e+vitor.jpg" border="0" /></a>Quando se pronunciam as palavras <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a>, o nome é, de imediato, associado a <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>. O facto de a cidade ter sido fundada há 2 mil anos com esse nome ainda perdura. Constitui, portanto, uma marca.<br />Mas, ao contrário do que seria de supor, e não obstante os inúmeros vestígios arqueológicos da época romana, não existe consenso sobre a importância que é dada ao assunto. Se bem que a <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara de Braga</a> assuma <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a> como um ex-libris, é pela porta do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco" target="blank">Barroco</a> que a cidade dá as boas-vindas a quem chega através de auto-estrada.<br /><br />Há intervenções que foram levadas a cabo que podem ser consideradas emblemáticas. A Fonte do Ídolo, as Termas da Cividade, o Balneário Pré-Romanao da CP, as ruínas das Frigideiras do Cantinho e a Escola Velha da Sé são bons exemplos disso (ver menu Exemplos). Há casos, porém, em que não se percebe qual o conceito de ex-libris empregue pela Câmara quando está em causa <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a>. A Ínsula das Carvalheiras e a destruição do Castro Máximo para dar lugar ao novo Estádio Municipal de Braga, são casos paradigmáticos (ver menu Exemplos).<br /></div><div align="justify"></div><br /><div align="right"><strong><em><span style="font-size:130%;"><a href="http://bragaromanaconstrucaoepatrimonio.blogspot.com/2009/05/editorial-cont.html">Ler mais >>></a></span></em></strong></div>Braga Romana making ofhttp://www.blogger.com/profile/15108494200366468569noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3942451917940107530.post-14213869158887664672009-05-26T14:23:00.005+01:002009-06-06T20:56:48.070+01:00O difícil equilíbrio entre a construção e a preservação do património (cont.)<div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Património: tensão entre construção e preservação<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0RM8kTChyphenhyphengwEidiNzkHt8whbe1KaB0StqGTSyGa4m3Zdlt-uVlKePVq1ljxNGEbgG-v9zJqZRDychWwKva3XIyK1HiDQQuyk-Lv8Es_iRZ1C1tqbajOTAfxblNdRozySkQykVAMz5MQ/s1600-h/1+sandelemos+final+final+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340555232027023666" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0RM8kTChyphenhyphengwEidiNzkHt8whbe1KaB0StqGTSyGa4m3Zdlt-uVlKePVq1ljxNGEbgG-v9zJqZRDychWwKva3XIyK1HiDQQuyk-Lv8Es_iRZ1C1tqbajOTAfxblNdRozySkQykVAMz5MQ/s320/1+sandelemos+final+final+final.jpg" border="0" /></a><br /></span></strong><a href="http://www.uaum.uminho.pt/pessoas/sande_lemos_main.htm" target="blank">Sande Lemos</a>, antigo presidente da <a href="http://www.uaum.uminho.pt/" target="blank">Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho</a>, afirma ser normal a existência desse antagonismo nas “cidades vivas”: “Uma cidade, quando não desaparece na história, quando sobrevive ao tempo, acaba por provocar conflitos entre aquilo que é o seu próprio desenvolvimento e aquilo que é a preservação da sua memória”.<br /><br />A cidade de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a>, edificada pelos Romanos no ano de 16 a.C., em homenagem ao Imperador César Augusto, e que chegou a ser capital da <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Galécia" target="blank">Galécia</a> (que se estendia até ao Rio Tejo), é um dos exemplos dessas “cidades vivas”. No entanto, não é por isso que as tensões são maiores do que noutros locais. <a href="http://www.uaum.uminho.pt/pessoas/sande_lemos_main.htm" target="blank">Sande Lemos</a> sustenta que o problema é comum às cidades históricas portuguesas : “Ao contrário de outros países da Europa, em que a urbanização se desenvolveu umas décadas mais cedo, em Portugal fez-se de uma forma acelerada”.<br /><br />É por isso que diz que essa situação fez com que a Arqueologia enfrentasse problemas mais dramáticos, que não surgiram apenas por falta de planeamento. Decorreram de um processo global que teve que ver com a circunstância de o país rural, que Portugal era ainda nos anos 50 e 60 do século XX, se ter transformado rapidamente num país em que a maior parte da população começou a viver nas cidades.<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYf1_F4a7DJlpGpOCtAMSChUdMcNabZt280o_BT0D6NOOgopPIn431N4970BNzDWiYJCJbEYLWw9awlQsY7spQCBzEu2JK7X5C6g1YRMtqbgnilr9SgRsqhE7ZKQMp9vy_1BWuMelPaQ/s1600-h/2+modelo+final+final+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340555454231079490" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 220px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYf1_F4a7DJlpGpOCtAMSChUdMcNabZt280o_BT0D6NOOgopPIn431N4970BNzDWiYJCJbEYLWw9awlQsY7spQCBzEu2JK7X5C6g1YRMtqbgnilr9SgRsqhE7ZKQMp9vy_1BWuMelPaQ/s320/2+modelo+final+final+final.jpg" border="0" /></a>Sobre <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>, diz tratar-se de “um caso típico”, observando que, a partir dos anos 60 do século XX, “houve um crescimento explosivo” e se colocou, de uma forma “dramática e imediata”, a questão de salvaguardar a memória da cidade e, ao mesmo tempo, permitir que a cidade se desenvolvesse.<br /><br />O arqueólogo sublinha ser impossível haver sempre uma harmonia total entre construção e preservação do património, mas afirma que a situação melhorou depois de 1976, ano em que começou o programa de salvamento de Bracara Augusta pela <a href="http://www.uaum.uminho.pt/" target="blank">UAUM </a>. Esta instituição foi criada por decisão do primeiro Governo constitucional, liderado por <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mário_Soares" target="blank">Mário Soares</a>, e é considerada “fulcral” por <a href="http://www.uaum.uminho.pt/pessoas/sande_lemos_main.htm" target="blank">Sande Lemos</a>, já que “evitou que se construísse na zona arqueológica de Braga" e, ao mesmo tempo, remeteu à <a href="http://www.uminho.pt/" target="blank">Universidade do Minho</a> essa missão.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Um longo salvamento de Bracara Augusta</span></strong></div><div align="justify">Mais de 30 anos após o início desse salvamento, <a href="http://www.uaum.uminho.pt/pessoas/sande_lemos_main.htm" target="blank">Sande Lemos</a>, que também foi presidente da delegação do Norte do Instituto Português do Património Cultural (a que sucedeu o <a href="http://www.ippar.pt/apresentacao/apresenta_legislacao.html" target="blank">Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico</a>), evidencia que a tarefa levada a cabo pela <a href="http://www.uaum.uminho.pt/" target="blank">UAUM</a> tem sido cumprida, embora não diga o mesmo em relação ao <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Município de Braga</a>. “Eu considero que não tem cumprido como seria desejável e, até mesmo por uma questão de respeito em relação à figura de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Mário_Soares" target="blank">Mário Soares</a>, eu creio que o Eng. <a href="http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_QjzKLt4z3dQLJgFiewfqRaCJBcBFfj_zcVP0gfW_9AP2C3NCIckdHRQBKo3Yg/delta/base64xml/L3dJdyEvd0ZNQUFzQUMvNElVRS82XzlfMktE" target="blank">Mesquita Machado</a> devia ter uma atitude muito mais entusiástica e dinâmica em relação à conservação da memória histórica de <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>, conclui.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIpASsThpHt3U2yxNj-4SASfY0Q2IQ2742O_SZBuZpLM3ALy3Gdm-mzYjUAdCQbFW2kd8FD0Jcf3Aetf_EpO1mC-fDkO6L96QXqubldLTFncyhmRKmo1K9FV27jpldO-dWd1dOJpoWZA/s1600-h/3+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340555734107569266" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 266px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIpASsThpHt3U2yxNj-4SASfY0Q2IQ2742O_SZBuZpLM3ALy3Gdm-mzYjUAdCQbFW2kd8FD0Jcf3Aetf_EpO1mC-fDkO6L96QXqubldLTFncyhmRKmo1K9FV27jpldO-dWd1dOJpoWZA/s320/3+final.jpg" border="0" /></a>O vice-presidente da Câmara de Braga, <a href="http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_QjzKLt4w39g0ASYGYnsH6kehCQRhCxgGhCDFfj_zcVP0gfW_9AP2C3NDQiHJHRQAbHbJU/delta/base64xml/L3dJdyEvd0ZNQUFzQUMvNElVRS82XzlfTUM!" target="blank">Nuno Alpoim</a>, rejeita as críticas, embora assuma que é “uma permanente tensão” conservar o património, impedir a sua destruição e, ao mesmo tempo, “permitir condições para que as gerações actuais também possam viver com comodidade e com qualidade”, criando, também, património.<br />Responsável pelos pelouros do Planeamento e do Centro Histórico, afirma que a autarquia há muito criou condições destinadas a diminuir esse conflito. A título de exemplo, refere a inclusão da carta do património arqueológico na primeira versão do Plano Director Municipal (PDM): “Numa altura em que essas cartas não eram obrigatórias, constituímos o que chamámos um ‘inventário preventivo’, onde a Arqueologia é a parte melhor documentada em termos de planeamento”. Esta iniciativa foi concretizada com o apoio da <a href="http://www.uaum.uminho.pt/" target="blank">UAUM</a> (sobre o PDM e outros planos de ordenamento do território ver menu Opinião).<br />De seguida, “perante as dificuldades que o então <a href="http://www.ippar.pt/apresentacao/apresenta_legislacao.html" target="blank">IPPC</a> tinha em fazer o acompanhamento das escavações, das emergências e<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5A5rLDgG8JhAJUky19ImwfRf4FDl1TLZwzkQnCMNG0OBB1EUKvl0TXCLriR4yxmSWlwnvziZQjaYK0JZuBO5p4XyIIP_-a3TYq5ZodnbXJpe5MEn-YfO6UG0QL8Z3tZLR8_4alB8gEQ/s1600-h/4+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340556065490796818" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5A5rLDgG8JhAJUky19ImwfRf4FDl1TLZwzkQnCMNG0OBB1EUKvl0TXCLriR4yxmSWlwnvziZQjaYK0JZuBO5p4XyIIP_-a3TYq5ZodnbXJpe5MEn-YfO6UG0QL8Z3tZLR8_4alB8gEQ/s320/4+final.jpg" border="0" /></a> dos salvamentos”, foi constituído o Gabinete de Arqueologia na Câmara Municipal de Braga (GACMB), e criou-se uma unidade especial para o Centro Histórico, que foi Divisão de Renovação Urbana, “que tem uma sensibilidade e uma atenção mais cuidada em relação a essas áreas”.<br />Neste momento, todas as construções observam condicionantes arqueológicas. Nos casos mais simples, têm um acompanhamento, com escavações por sondagens; nos mais complexos, com escavações extensíveis. O vereador observa que foi o que aconteceu numa obra que considera "emblemática" e que está em curso na cidade: o prolongamento do túnel da Avenida da Liberdade e da reconversão do quarteirão dos antigos Correios” (ver menu Exemplos).<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Críticas à Câmara de Braga</span></strong></div><div align="justify">Para <a href="http://www.geografia.uminho.pt/popup.aspx?mdl=~/Modules/PortalSearch/ContactDetails.ascx&mid=13&id=77&lang=pt-PT" target="blank">Miguel Bandeira</a>, docente universitário e membro da <a href="http://www.aspa.pt/" target="blank">Associação para a Defesa, Estudo e Divulgação do Património Cultural e Natural (ASPA)</a>, não há defes<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlnWCNd0xhIBNzOAgmj27s7ru3WiQV19oYBPM-xhOtOxycMwghkWgKPPtYM68egk9uLuraEBkx54pvCPyQ1stpNARPvHhDj99pSd4I7xGH97iSGKT99hcts3n953AxcJy2nJ41N0PCYQ/s1600-h/5+final+final+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340556444523189074" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlnWCNd0xhIBNzOAgmj27s7ru3WiQV19oYBPM-xhOtOxycMwghkWgKPPtYM68egk9uLuraEBkx54pvCPyQ1stpNARPvHhDj99pSd4I7xGH97iSGKT99hcts3n953AxcJy2nJ41N0PCYQ/s320/5+final+final+final.jpg" border="0" /></a>a nem reabilitação do património “sem a participação dos cidadãos”. Reputa a defesa do património de “desígnio cívico” e vinca que ela não existe “sem cidadania”. Justifica com a manifestação realizada em Março pela defesa das Sete Fontes, em que a <a href="http://www.aspa.pt/" target="blank">ASPA</a> esteve envolvida (ver menu Exemplos).<br />Assume que o cidadão tem sempre uma palavra a dizer, não obstante a tensão de forças que existe permanentemente entre os alegados interesses económicos, “muitas vezes materializados nos interesses imobiliários e da construção civil” e “os interesses da defesa do património, centrados nos domínios do conhecimento”. “Não são só os dirigentes políticos que devem assumir responsabilidades, são os cidadãos na plenitude dos seus direitos que devem expressar e dar o testemunho para além daquilo que são os actos eleitorais”, concretiza.<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpsfaWGTQ72biHS6kBf3gVcWuRIQAgOuYzeHz9Fj9dfw5-f_jh0uYfkq18wOfpaEBohoh-9WQ_mT10QjmCj9WLntr6CQVrau-lTZGgKA6p61zlEK7fJyECtdqjtlSa-xOrE2BfaVT2Sw/s1600-h/6+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340556786850801746" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 206px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpsfaWGTQ72biHS6kBf3gVcWuRIQAgOuYzeHz9Fj9dfw5-f_jh0uYfkq18wOfpaEBohoh-9WQ_mT10QjmCj9WLntr6CQVrau-lTZGgKA6p61zlEK7fJyECtdqjtlSa-xOrE2BfaVT2Sw/s320/6+final.jpg" border="0" /></a>Critica a <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara de Braga</a> por tomar decisões “nas costas dos seus munícipes”, citando como exemplo a proposta de plano de pormenor para as Sete Fontes: “A decisão política, se não for sustentada tecnicamente e cientificamente, não será uma boa decisão, seja ela qual for. Neste caso, eu tenho as minhas dúvidas de que, até nesse plano de pormenor de que se fala, isso tenha sido feito”.<br /><br />Uma ideia que vai ao encontro da opinião do presidente da <a href="http://www.juntasvictor.pt/" target="blank">Junta de Freguesia de S. Victor</a>, Firmino Marques, para quem não surpreende o facto de se ter conhecido a intenção da <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara</a> em concretizar um plano de pormenor para as Sete Fontes, depois da marcha que foi feita em defesa do complexo arquitectónico: “O complexo esteve engavetado, para ser classificado, durante oito anos e, em 15 dias, avançou”.<br />Acusa a <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara</a> de não ouvir as propostas que a <a href="http://www.juntasvictor.pt/" target="blank">Junta de S. Victor</a> tem, nomeadamente no que ao património diz respeito, e observa que a gestão municipal “leva muito pouco em conta o planeamento urbano, para ter uma melhor cidade no futuro”.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">O Património, as Sete Fontes e a política</span></strong></div><div align="justify">O <a href="http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_QjzKLt4w39g0ASYGYnsH6kehCQRhCxgGhCDFfj_zcVP0gfW_9AP2C3NDQiHJHRQAbHbJU/delta/base64xml/L3dJdyEvd0ZNQUFzQUMvNElVRS82XzlfTUM!" target="blank">vice-presidente da Câmara de Braga</a> sublinha que a autarquia está aberta ao diálogo e diz não concordar com as críticas que são feitas à gestão do <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Município</a>. Sustenta que “o património é demasiadamente importante para servir de arma de arremesso político”, acusando alguns sectores, sem dizer quais, “para quem o património tem um valor puramente instrumental, para a luta político-partidária”. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzE5qk-98hGjiDAs5mqve69M1w7NNm_YgGatEAaJb6Cnn5AHIOHTfNeIQEJMw89-9hylM2JkjNKxEp8po-PqJfxMLPZTfEEqBPuJiJvIJJLiwmAGfWDxvLVuVCHAYQaC1d2YE_9evtew/s1600-h/7+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340557667185412658" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzE5qk-98hGjiDAs5mqve69M1w7NNm_YgGatEAaJb6Cnn5AHIOHTfNeIQEJMw89-9hylM2JkjNKxEp8po-PqJfxMLPZTfEEqBPuJiJvIJJLiwmAGfWDxvLVuVCHAYQaC1d2YE_9evtew/s320/7+final.jpg" border="0" /></a><br />Liga, ainda, o aparecimento de casos como o das Sete Fontes (ver menu Exemplos) ao facto de este ano se realizarem eleições autárquicas, numa postura que é vivamente contestada quer por <a href="http://www.uaum.uminho.pt/pessoas/sande_lemos_main.htm" target="blank">Sande Lemos</a>, quer pelo coordenador-geral da <a href="http://www.jovemcoop.com/" target="blank">JovemCoop</a>, <a href="http://www.jovemcoop.com/uploads/breve_cv_ricardo_silva.pdf" target="blank">Ricardo Silva</a>, que afiançam que os problemas das localidades devem ser ainda mais discutidos nestas alturas.<br />O dirigente da <a href="http://www.jovemcoop.com/" target="blank">JovemCoop</a>, também arqueólogo, queixa-se da falta de diálogo por parte da <a href="http://www.cm-braga.com.pt/" target="blank">Câmara</a> e de esta nem sequer receber a Associação quando são solicitadas audiências para discutir assuntos como as Sete Fontes. Assume que gostava de ter um papel mais activo no processo de decisão: “<a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a> tem vivido num isolamento e isso não é bom nem para o executivo, que não conhece o terreno, nem para os cidadãos. Decide-se com ideias que não são compatíveis com a realidade, por desconhecimento”.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Bracara Augusta, um ex-libris?</span></strong></div><div align="justify">Quem chega a <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>, via auto-estrada, é brindado com as boas-vindas à cidade do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Barroco">Barroco</a>, não sendo feita qualquer referência a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta">Bracara Augusta</a>. Apesar disso, o <a href="http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_QjzKLt4w39g0ASYGYnsH6kehCQRhCxgGhCDFfj_zcVP0gfW_9AP2C3NDQiHJHRQAbHbJU/delta/base64xml/L3dJdyEvd0ZNQUFzQUMvNElVRS82XzlfTUM!" target="blank">vice-presidente da Câmara</a> assume que o nome com que a cidade foi baptizada pelos romanos é um ex-libris do <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Município</a>. Justifica-o com o esforço financeiro “significativo” que a Câmara efectuou em relação ao assunto e que só na colina de Maximinos representou um investimento de 1 milhão de euros: “Há um conjunto de investimentos e de iniciativas que mostram que o património não tem estatuto menor nas preocupações do Município” (ver menu Exemplos).<br /><a href="http://www.geografia.uminho.pt/popup.aspx?mdl=~/Modules/PortalSearch/ContactDetails.ascx&mid=13&id=77&lang=pt-PT" target="blank">Miguel Bandeira</a> e <a href="http://www.uaum.uminho.pt/pessoas/sande_lemos_main.htm" target="blank">Sande Lemos</a> concordam que <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a> seja um ex-libris de <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>, já que os vestígios existentes e a importância que teve no passado isso justificam. Enaltecem o facto de a cidade ter um local “de excelência”, como o <a href="http://mdds.imc-ip.pt/" target="blank">Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa</a>, para mostrar os achados (ver menu Exemplos) e promover acções conducentes à defesa da memória do património. <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9mFaEKzXcrnzLp5ret4W2eW1c5qUEXwOLVaKIVnunfF00QcqTxefUId-IvaMMvfxhN4BLBYs0-GWVjENudMflvw5E3Er2yt8dQQSywrVuN3LIZ5G8kGB8AhhRVeaGy2j1fZxhJGrzAw/s1600-h/8+final.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340558977305008482" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9mFaEKzXcrnzLp5ret4W2eW1c5qUEXwOLVaKIVnunfF00QcqTxefUId-IvaMMvfxhN4BLBYs0-GWVjENudMflvw5E3Er2yt8dQQSywrVuN3LIZ5G8kGB8AhhRVeaGy2j1fZxhJGrzAw/s320/8+final.jpg" border="0" /></a><br />Já <a href="http://www.jovemcoop.com/uploads/breve_cv_ricardo_silva.pdf" target="blank">Ricardo Silva</a> diz ficar surpreendido com o facto de <a href="http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_QjzKLt4w39g0ASYGYnsH6kehCQRhCxgGhCDFfj_zcVP0gfW_9AP2C3NDQiHJHRQAbHbJU/delta/base64xml/L3dJdyEvd0ZNQUFzQUMvNElVRS82XzlfTUM!" target="blank">Nuno Alpoim</a> assumir <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a> como aposta estratégica, atendendo à pouca divulgação que faz da temática”. E concretiza: “A Câmara pode ter um Gabinete de Arqueologia que até faz grandes intervenções no centro e faz registos arqueológicos, mas isso não passa para o grande público, nem sequer existem placas que indiquem, nomeadamente aos turistas, onde estão alguns espaços museológicos”. Critica também o facto de não ser explorado, numa lógica de marketing, merchandising associado a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a> que “até poderia criar uma espécie de indústria de património e gerar receitas”. Lamenta que as marcas romanas (ver menu Marcas Romanas) “apenas sejam exploradas por entidades privadas”.<br />Sobre o facto de o <a href="http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_QjzKLt4w39g0ASYGYnsH6kehCQRhCxgGhCDFfj_zcVP0gfW_9AP2C3NDQiHJHRQAbHbJU/delta/base64xml/L3dJdyEvd0ZNQUFzQUMvNElVRS82XzlfTUM!" target="blank">vice-presidente da Câmara</a> assumir como responsabilidade que, para além da preservação é necessário criar novo património, lamenta que isso seja concretizado à custa da destruição de um monumento nacional, dando como exemplo a eliminação do Castro Máximo para que fosse construído o novo Estádio Municipal de Braga (ver menu Exemplos).<br />O responsável pelo GACMB, Armandino Cunha, reconhece que a falta de placas identificativas constitui “um problema”, mas que decorre do facto de o centro da cidade estar pejado de sinalética o que “inviabilizaria uma correcta visualização dos sinais eventualmente colocados”. Preconiza, a médio prazo, a colocação em pontos estratégicos da cidade de postos de informação multimédia e, no futuro, a disponibilização do serviço via <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/GPS" target="blank">GPS</a>.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">O futuro e o património arqueológico</span></strong></div><div align="justify">Para a sustentabilidade futura do património, <a href="http://www.uaum.uminho.pt/pessoas/sande_lemos_main.htm" target="blank">Sande Lemos</a> sublinha ser necessário ter em atenção a elaboração de um PDM “em que o património arqueológico seja devidamente considerado em benefício de toda a gente, investidores, património arqueológico, para que todos saibam exactamente o que é que está em cada local”. Diz ainda ser urgente a realização de projectos específicos para os pontos mais emblemáticos de <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>, bem como “um projecto fundamental que constitui a recuperação do centro histórico na sua totalidade e que seria uma base de criação de emprego em muitas áreas, tornando a cidade competitiva do ponto de vista cultural e com um melhor futuro”.<br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDnWjiOJOEOc2zOGvvAFzBy8AgkWHTVm6xHz_wtNWAhnaIsY0dTqw7iHo9uTk0s8ZVn3A-IPEUJ3SHM2TwfHrCMjdMVw4TafLFyPPxa1frrr3sXAwHwLu-V21KJLeEjspv1LvHRvfjCA/s1600-h/9+braga_google.jpg"></a><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5340561778016953458" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 613px; CURSOR: hand; HEIGHT: 316px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgo1o36qeHSXGt3N7-qCf86Omux4SqR1iMtHeVeOqNyTwfRXD8vxAkJ_ap8yymYTF7NKq_uDsffZC1QX_tSCrXWRJ0m97zHRuqKWt4Lo0hUGn4KUPog0JQLlsnZlOF9WWDx2yhOGEKOPA/s400/9+braga_google.jpg" border="0" /><br /><p align="justify"><br />Embora seja quase consensual a impossibilidade de equilíbrio entre a construção e a preservação do património, <a href="http://www.geografia.uminho.pt/popup.aspx?mdl=~/Modules/PortalSearch/ContactDetails.ascx&mid=13&id=77&lang=pt-PT" target="blank">Miguel Bandeira</a> diz tratar-se de um problema que é transversal a Portugal, ressalvando no entanto que as leis que existem “são boas, embora não sejam cumpridas”. Uma situação que se agrava quando o panorama é local: “Ao nível local e municipal há um sentimento de grande desregulação e falta a sensação da existência de critério de sustentabilidade e de cientificidade até nas decisões e o envolvimento da população, como factor da sua cidadania”.<br />Não obstante, considera que ainda se está a tempo de “corrigir erros feitos no passado e de poder reabilitar-se o território”, sublinhando ser imperativo “inverter a tendência verificada nos últimos anos em <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>”. </p><br /><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-size:130%;">Para ver esta reportagem em vídeo, basta aceder ao menu Multimédia.</span></strong></div>Braga Romana making ofhttp://www.blogger.com/profile/15108494200366468569noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3942451917940107530.post-12620362045488760572009-05-25T14:41:00.000+01:002009-06-02T14:42:43.529+01:00Editorial (cont.)<strong><span style="font-size:130%;"></span></strong><br /><strong><span style="font-size:130%;"></span></strong><br /><strong><span style="font-size:130%;">Falta de consensos</span></strong><br /><div align="justify">É certo que não existe equilíbrio quando está em jogo a gestão de uma cidade e em cima da mesa está a relação entre construção e preservação do património. Em <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>, é impossível chegar a consensos, mesmo entre os próprios arqueólogos.<br /></div><div align="justify">Mas não será pela falta de instrumentos legais que <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara Municipal</a> não defende o seu património. Para além de um Gabinete de Arqueologia, dispõe de uma Divisão de Renovação Urbana, onde as regras parecem ser claras: sempre que há intervenções no subsolo, tem de haver escavações arqueológicas. Mais: o <a href="http://mdds.imc-ip.pt/" target="blank">Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa</a> é um local de excelência no que à preservação da memória de <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a> diz respeito.<br /><br />Apesar disso, os representantes dos partidos políticos da oposição fazem coro nas críticas ao desempenho da maioria camarária, salientando que os alegados "interesses obscuros" ligados à área da construção civil determinam a acção municipal (ver menu Opinião). A <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmaraa</a> não concorda e diz que o património está a ser utilizado como arma de arremesso político.<br /><br />Para além dos partidos, o certo é que há pessoas com responsabilidades científicas em <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a> que criticam violentamente a política da <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">autarquia</a>, nomeadamente o facto de a gestão ser feita de costas voltadas para os cidadãos, amputando o exercício da cidadania.<br />As Sete Fontes (ver menu Exemplos) são um bom exemplo que serve para ilustrar toda a situação. O local está semi-abandonado, apesar das chamadas de atenção ao longo dos anos de várias instituições da cidade. De súbito, com a construção do hospital, paredes-meias com o complexo arquitectónico, volta à ribalta a questão da necessidade de preservar o espaço.<br />Depois de uma marcha da população, surgiu a notícia de que a <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara de Braga</a> tinha um plano de pormenor para o local que prevê a construção fora da zona de protecção (50 metros para cada lado). O <a href="http://www.cm-braga.pt/wps/portal/publico/kcxml/04_Sj9SPykssy0xPLMnMz0vM0Y_QjzKLt4w39g0ASYGYnsH6kehCQRhCxgGhCDFfj_zcVP0gfW_9AP2C3NDQiHJHRQAbHbJU/delta/base64xml/L3dJdyEvd0ZNQUFzQUMvNElVRS82XzlfTUM!" target="blank">vice-presidente</a> diz que o complexo só existe, porque foi preservado estes anos todos pela autarquia.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">O caso das Sete Fontes</span></strong></div><div align="justify">O facto é que já foi atingido pelas obras do hospital, provocou a demissão de um arqueólogo, por alegadamente estar a cumprir a lei, e as prospecções arqueológicas que deveriam ter sido feitas antes do novo hospital começar a ser construído serão concretizadas à medida que a construção avança. Para além disso, o espaço vai ser afectado visualmente pelo viaduto que vai surgir para a ligação ao novo hospital.<br /><br />Trata-se de um local ancestral, onde há água em abundância, que se presume ser anterior à datação do complexo visível (século XVIII), dados os vestígios romanos já encontrados.<br /><br />Este é o caso do momento. Antes foi a destruição do Castro Máximo para dar lugar a um equipamento desportivo (ver menu Exemplos). Mas este estranho ex-libris assumido pela <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara</a> e que dá por nome de <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a>, tem outros aspectos. A falta de sinalização dos vestígios arqueológicos é um deles e parece delirante a explicação de que as placas não são colocadas devido ao ruído visual que iriam provocar. Até que sejam colocados postos de informação multimédia, quem quiser saber onde fica um local de interesse terá de recorrer a outros meios. Depois, não se percebe por que motivo de a Ínsula das Carvalheiras, inteiramente mapeada (ver menu Exemplos), está num estado de semi-abandono, alegadamente por falta de financiamento para um projecto de musealização.<br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">Pão e circo?</span></strong></div><div align="justify">A ideia romana de dar pão e circo ao povo, para o entreter e não pensar em coisas mais importantes, parece assentar que nem uma luva a quem gere os destinos de Braga. Interessam é iniciativas como Braga Romana, que recriam a boémia da época e transformam o centro da cidade numa pequena <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Subura" target="blank">Subura</a> de Roma durante uns dias.<br /><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a> deu nome a <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a> há 2 mil anos e as marcas romanas que existem são aproveitadas pelo sector privado, que reconhece a importância do nome.<br />Iniciativas como a Braga Romana são importantes. No entanto, não fazem esquecer que há uma falta clara de investimento estratégico para que <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Bracara_Augusta" target="blank">Bracara Augusta</a> seja, de facto, considerada um ex-libris pela <a href="http://www.cm-braga.pt/" target="blank">Câmara</a>.<br />Bastará ver quanto custou o novo Estádio Municipal que, embora já seja monumento nacional, foi edificado onde antes havia um castro e, ao contrário dos estádios romanos, como o <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Coliseu_de_Roma" target="blank">Coliseu de Roma</a>, nem sequer tem bancadas a toda a volta, para perceber qual é, de facto, a prioridade de quem gere os destinos políticos de <a href="http://www.braga.com.pt/" target="blank">Braga</a>.<br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="justify"></div><div align="justify"><br /></div><div align="right"><em><strong>Ricardino Pedro e </strong></em><em><strong>Vítor de Sousa</strong></em></div>Braga Romana making ofhttp://www.blogger.com/profile/15108494200366468569noreply@blogger.com0